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COVID-19! E AGORA?

Parecia impossível, mas o impossível aconteceu. Mesmo com os avanços da ciência e com a velocidade da informação, o mundo foi paralisado pela COVID-19

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11.04.2020 | 5 minutos de leitura

COVID-19! E AGORA?

Parecia impossível, mas o impossível aconteceu. Mesmo com os avanços da ciência e com a velocidade da informação, o mundo foi paralisado pela COVID-19, doença causada pelo CoronavÍrus SARS-cov-2, até então desconhecido em seres humanos e desconhecida também a forma de imunização. A humanidade foi pega de surpresa, e, diga-se de passagem, uma surpresa assustadora, que colocou a vida de milhares de seres humanos em risco mergulhando a economia local, regional e mundial numa crise profunda sem precedentes. Basta ver os Estados Unidos, a maior potência do mundo imersa num cenário sombrio.

Esse início do mês de abril, onde passamos de um milhão e duzentos mil infectados no mundo, nos mostra que tudo ainda está indefinido. Estamos diante de uma encruzilhada, de uma situação mundial alarmante, que exige de nós toda a atenção e cuidados. Não estamos diante de um filme de Hollywood.

Quem de nós escapará das consequências catastróficas da economia? Ninguém! No entanto, agora precisamos pensar de forma serena e profunda sobre o verdadeiro valor e sentido da vida humana. Estamos presenciando ao vivo e a cores o “duelo” entre a lógica do mercado e a lógica da vida, mesmo que às vezes parece impossível desconectá-las.

Se a pandemia acabasse neste mês, já estaríamos num mundo totalmente diferente daquele que deixamos em 2019. Agora, mais do que nunca, necessitamos da família, pois ela é o nosso melhor hospital e clínica de atendimento, mesmo que essa família passe por circunstâncias reais de significativas perdas econômicas. Nesse cenário de pandemia, necessitamos das lideranças políticas, pois o Estado deve assumir seu papel de protagonista na proteção da vida humana e da economia. Necessitamos das lideranças científicas que nos apontem os caminhos a seguir, e aqui vale dizer, não podemos agir a partir de nós mesmos, mas a partir da Organização Mundial da Saúde e das orientações do Ministério da Saúde. E porque não dizer que necessitamos neste momento da inteligência espiritual, afinal, uma crença sólida, equilibrada e fundamentada na defesa da vida humana por meio da solidariedade, da empatia e, sobretudo, da compaixão. Não é hora de rivalidades e individualismo. Não discutamos aquilo que é indiscutível. Vejamos os números, os gráficos, a ciência. Temos que achatar a curva.

Agora não é hora apenas das opiniões populares, que muitas vezes criam conflitos. Precisamos pensar naqueles que amamos, naqueles que não amamos e que desconhecemos, pois as projeções são assustadoras para todos, sobretudo aos mais vulneráveis, indefesos e empobrecidos. Às vezes, só sofremos quando a morte assume o nosso sobrenome. Como se não bastasse o terror que a pandemia nos impõe, testemunhamos famílias sendo impedidas de sepultarem seus mortos.

Estamos nos dando conta de quão vazios estávamos, de quão vulneráveis somos, pois sempre estivemos no chamado “botão automático”, e para muitos parar é quase impossível. Essa pandemia que ao mesmo tempo dá origem a uma série de problemas sociais, econômicos, emocionais e psicológicos sem precedência revela também nossos limites humanos e a tamanha desigualdade social em que vivemos no nosso país e no mundo, onde muitos pensam unilateralmente no lucro que vão obter.

Termino esta breve reflexão dizendo que o poder está em nossas mãos, na nossa capacidade de desacelerar, mas ao mesmo tempo de agir, de parar para escutar e sentir a dor da humanidade. Na Pedagogia da Cooperação a qual sou especialista, são apresentados quatro princípios, e gostaria de citar apenas dois deles. O primeiro é o princípio da “co-existência”, ou seja, o que pensamos, sentimos, fazemos ou deixamos de fazer, afeta diretamente outras pessoas e da mesma forma somos afetados. E o segundo é justamente a “cooperação”. Trilhar o caminho da cooperação é trilhar o caminho do respeito, da colaboração, da coletividade, de relacionamentos saudáveis, que prevê o paradigma da cooperação como solução que revoluciona, ideias essas conectadas aos princípios e valores do cooperativismo que sustentam as cooperativas enquanto empreendimentos sociais e econômicos, que vem sofrendo duramente as consequências da pandemia, mas que o mesmo tempo tem dado respostas inteligentes neste momento de crise.

Quantas cenas ficarão registradas em nossa memória, indo das mais devastadoras até aquelas que demonstram gestos de tamanha generosidade, empatia e compaixão. Uma delas foi o momento em que um idoso de 82 anos, que não tem a parte superior do pulmão direito desde sua juventude, subiu ofegante a escadaria da Praça de São Pedro em Roma, totalmente vazia, mas que talvez nunca estivesse tão cheia. Mesmo como líder de uma religião específica, o Papa Francisco levou em seu coração as súplicas de toda a humanidade.

Aqui vai a nossa gratidão e respeito pelos profissionais da saúde e daqueles que estão na linha da frente na produção de alimentos e na manutenção dos serviços essenciais à sociedade. Que esse vírus seja controlado o mais breve possível, pois são numerosas as pesquisas para este mesmo fim. Enquanto isso não acontece, façamos a nossa parte agora para que mais tarde não nos culpemos. Somos nós que definiremos o quanto essa pandemia durará. O sentimento é de muita esperança!  

 

 

Diácono Ney Guimarães.

Pedagogo, especialista em Catequética, em Cooperativismo, Juventude Contemporânea e na Pedagogia da Cooperação, Palestrante, consultor e instrutor na área humana e cooperativista.

neyguimaraes@uol.com.br

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